Víctor Hugo Lucero, presidente do CPB, renunciou ao cargo devido a acusações de supostos abusos sexuais contra ele

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Víctor Hugo Lucero, presidente do Círculo de Jornalistas de Bogotá, renunciou ao cargo por suposto abuso sexual - crédito @PeriodistasCPB/X
Víctor Hugo Lucero, presidente do Círculo de Jornalistas de Bogotá, renunciou ao cargo por suposto abuso sexual – crédito @PeriodistasCPB/X

O Círculo de Jornalistas de Bogotá (CPB) continua sob os olhos do público pelo suposto caso de abuso sexual envolvendo Víctor Hugo Lucero, presidente da organização, e a empreiteira Cielo Reyes.

Em julho de 2024, por meio de carta, os membros do CPB manifestaram preocupação com um incidente “de extrema gravidade e sem precedentes em 80 anos de história da nossa instituição, um episódio deste calibre prejudica significativamente o prestígio e a imagem institucional do CPB”.

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Por isso, no dia 9 de setembro deste ano a Comissão Disciplinar do CPB tomou a decisão de suspender Victor Hugo Lucero por nove meses.

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A diretoria do CPB nomeou interinamente José María Bolaño de la Hoz - crédito @PeriodistasCPB/X
A diretoria do CPB nomeou interinamente José María Bolaño de la Hoz – crédito @PeriodistasCPB/X

Segundo o CPB, o “Essa medida se deve ao uso indevido que foi dado aos escritórios do CPB e aos atos que afetaram a imagem e o bom nome da instituição”.

A situação piorou quando o jornalista Cielo Reyes o denunciou publicamente por abuso sexual. Em entrevista com Semanao empreiteiro contou como Lucero supostamente a assediou.

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Devido a esses acontecimentos, Victor Hugo Lucero anunciou sua saída do cargo por meio de comunicado. “Decidi me aposentar das funções de presidente do CPB, por tempo indeterminado.“, até que eu esclareça tudo relacionado a este assunto para concentrar meus esforços no processo legal que iniciei contra a senhorita Reyes”, disse ele.

No entanto, ele rejeitou as alegações. Segundo ele, mantinha uma “relação consensual” com a empreiteira, destacando que tudo o que Reyes disse é falso, e teria apenas o objetivo de prejudicar sua imagem profissional e pessoal.

A ex-contratada, por iniciativa própria, preparou e assinou declaração juramentada e diversos documentos nos quais nega qualquer abuso. “Estou apresentando esta documentação, entre outras provas, à autoridade competente”, afirmou.

Lucero explicou que apresentou queixa contra Cielo Reyes à Procuradoria-Geral da República pelas declarações prestadas contra ele em diversos meios de comunicação.

“Quero reiterar o meu respeito por todas as pessoas e o meu firme compromisso com a dignidade das mulheres na sociedade. É fundamental não se deixar levar por narrativas que buscam o reconhecimento pessoal em detrimento da verdade e da ética”, concluiu o comunicado de Lucero.

O jornalista explicou Semana que assinou contrato de prestação de serviços por três meses, inicialmente, para ser apresentador de Televisão CPB. Porém, Reyes afirmou que o líder passou a ter atitudes diferentes.

“Ele começou a me lisonjear com palavras, dizendo que eu era muito bonita, que era muito especial, que tinha um futuro brilhante. Aí, quando eu estava me despedindo dele, ele começou a me abraçar com força, como se não quisesse me deixar ir. Ele colocava a mão na minha perna, coisas assim (…) Ele me disse que aquele cheque estava atrasado porque havia problemas bancários, então tive que esperar cerca de um mês para receber o primeiro pagamento”, disse o profissional.

Cielo Reyes Reyes afirmou que o líder começou a ter atitudes diferentes em relação a ela - crédito Freepik
Cielo Reyes Reyes afirmou que o líder começou a ter atitudes diferentes em relação a ela – crédito Freepik

E destacou: “Recebo uma ligação numa sexta-feira por volta das 22h, e ele me diz para não me preocupar, que o cheque está pronto e que podemos nos ver no dia seguinte. Entro nas instalações do CPB. Ele fecha a porta e me direciona para o sofá. Eu disse a ele que não queria fazer isso porque me sentia muito desconfortável e ele, Ele praticamente me forçou a ter relações sexuais com ele. Depois do que aconteceu, ele me deu o cheque, ele assinou para mim”.

A jornalista conta que após este acontecimento recorreu a Martha Díaz, presidente da Comissão Disciplinar, porque a sua casa ficava bastante perto dos escritórios.

“Martha ficou bastante chocada, mas a primeira coisa que faz é entrar em contato com a promotora do CPB, Clara López de Medina, para que ela se informe sobre o caso, seguindo todo o protocolo exigido. No dia seguinte, encontro Clara no apartamento de Martha. Eu também conto a ela os fatos, ela também fica em estado de choque, muito paralisada e diz que Teremos uma reunião nessa mesma semana com José María Bolaños, vice-presidente do CPB, que naquela época estava no comando da presidência porque o presidente (Lucero) não estava no país”, explica Reyes.

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