O presidente da Divisão Principal do Futebol Colombiano (Dimayor), Fernando Jaramillo, referiu-se na manhã desta sexta-feira, 27 de setembro, aos excessos ocorridos na arquibancada norte do estádio Atanasio Girardot e que levaram à suspensão da partida entre Atlético Nacional e Júnior.
Jaramillo deixou claro que a partida estava encerrada, ou seja, não será agendado novo encontro entre os clubes, apesar de o jogo só ter chegado aos 56 minutos.
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Em entrevista à emissora Rádio Azulo presidente da Dimayor referiu-se às questões de segurança dentro dos estádios na Colômbia, um dos maiores desafios para os organizadores do evento esportivo. Embora se tratem de eventos privados, Jaramillo insistiu na importância de contar com membros da Polícia Nacional.
“A Polícia é uma parte essencial do espetáculo. É claro que num país como a Colômbia, a logística ficará sobrecarregada por estes acontecimentos, como aconteceu ontem. Deve haver polícia dentro dos estádios, acredito que constitucionalmente a polícia tem responsabilidade e devido às suas funções de fazer segurança nos shows”, disse o dirigente na entrevista.
A questão da segurança dentro dos estádios é há algum tempo epicentro de polêmica, principalmente levando-se em conta que a organização dos campeonatos de futebol na Colômbia está a cargo de festas privadas. Porém, depois desta briga recente e com o debate novamente aberto, o presidente da Dimayor disse que se trata de uma coisa de corresponsabilidade.
“Aqui existe uma corresponsabilidade que vai dos clubes, da logística, da Polícia. É um espetáculo público, executado por particulares, mas é público“, disse Jaramillo, que insistiu que retirar os uniformizados dos estádios significa deixá-los desprotegidos.
Relativamente a esta questão, as autoridades nacionais estabeleceram um esquema, lembrou o presidente da Dimayor, que procura um desmantelamento gradual da presença da Polícia nos estádios, precisamente por se tratarem de eventos privados.
Isto procura garantir que as tropas designadas para cuidar destes cenários, a partir do interior, estejam disponíveis para servir os cidadãos e garantir a segurança nos territórios. Assim, a Polícia só teria presença nas proximidades dos estádios, mas à porta fechada a responsabilidade seria exclusivamente dos organizadores do evento.
Relativamente a esta situação, o presidente da Dimayor sublinhou que não concorda e comunicou à Polícia. Ele enfatizou que pessoal uniformizado é necessário dentro e fora desses cenários.
“A questão logística falhou, não tem capacidade ou autoridade legal para realizar uma buscaSim, precisamos da Polícia dentro e fora do estádio. Temos que instalar detectores de metais, temos que assumir isso com toda a responsabilidade, não apontar mas procurar juntos uma solução”, acrescentou.
Relativamente à questão desportiva, o presidente da Dimayor garantiu que haverá fortes sanções para ambas as equipas, ou seja, Atlético Nacional e Junior. Da mesma forma, enfatizou que os clubes são os mais afetados.
“Vamos avaliar que decisões vamos tomar em matéria desportiva, o que certamente será drástico. Os mais afetados aqui são os clubes”, disse Jaramillo.
Da mesma forma, ele confirmou que o jogo de fato não será retomado. O que fica em suspenso é a decisão sobre os três pontos disputados na partida que, até o momento da suspensão, estava nas mãos do Atlético Nacional.
“No esporte o jogo acabou por falta de garantias, seria um absurdo jogar isso. Terminou onde terminou, a comissão disciplinar do campeonato deve definir a questão dos pontos”, disse o presidente da Dimayor.