Jesus Madueñareitor da Universidade Autônoma de Sinaloa, Estava ligado a processos por crime de exercício indevido de função pública, bem como a membros da comissão de contratação da referida instituição de ensino para o período de 2021 e 2022, por crime de exercício irregular de função pública. Entre eles está o filho do falecido Héctor Melesio Cuén.
De acordo com um comunicado divulgado pela Procuradoria-Geral do Estado (FGE) Esta quinta-feira, os crimes estão relacionados com a compra de computadores de secretária, portáteis, impressoras e dispositivos multifunções, com respetivos consumíveis como tinteiros e toners; acessórios de informática como teclados, material para conexão à internet, entre outros produtos, para serem utilizados nas diversas unidades acadêmicas e organizacionais da UAS.
No processo-crime 994/2024, todos os arguidos foram vinculados ao julgamento depois de a audiência inicial ter sido adiada por duas ocasiões, sendo finalmente realizada neste dia 19 de setembro, com a duração de 10 horas.
Jesus “M”, Heitor Melésio “C”, Salvador “P”, Soila Maribel “G”, Jorge “P” e Óscar Orlando “G”, os arguidos, foram obrigados a comparecer periodicamente perante as autoridades todos os meses e foram proibidos de sair do país.
Da mesma forma, Jesús “M”, Soila Maribel “G” e Jorge “P” foram temporariamente suspensos do cargo. Ao atual reitor pelo crime de exercício indevido de função pública, enquanto aos outros dois por exercício irregular de função pública. Foi estabelecido um prazo de 3 meses para o encerramento da investigação complementar.
Cesar Abraham “C” forneceu ao Ministério Público uma série de provas que incluem extratos de contas bancárias e uma lista detalhada de faturas emitido, revelando transferências bancárias significativas feitas pela Universidade.
Em 2021, foram registadas 127 transferências num total de 45.505.151,27 milhões de dólares, enquanto em 2022 foram efectuadas 87 transferências no valor de 19.265.253,47 milhões de dólares, perfazendo um total de 214 transferências no valor de 64.770.404,74 milhões de dólares. Esses valores ultrapassam o limite estabelecido para aquisições de bens sem licitação pública.
Em comparação, as faturas emitidas a favor do UAS em 2021 ascenderam a 60.920.157,82 milhões de dólares para 1.954 faturas, e em 2022 a 57.407.679,98 milhões de dólares para 2.503 faturas, totalizando 118.327.837,80 milhões de dólares para 4.457 faturas. Verificou-se que estes foram divididos em trechos para não ultrapassar o limite exigido pela licitação pública.
Cesar Abraham “C” cooperou com a FGE fornecendo as informações solicitadas. O Ministério Público acusou que até à data os responsáveis da UAS não tenham fornecido as informações solicitadas, demonstrando resistência à transparência e à responsabilização.
Durante a audiência inicial, o FGE apresentou as provas recolhidas ao juiz de controlo, tendo o tribunal considerado que existem indícios razoáveis para emitir a ordem de ligação a processos contra todos os arguidos dos crimes indicados.
Afirmaram que essas determinações não violam o autonomia do UASargumentando que os acusados são servidores públicos.