O ditador da Venezuela, Nicolás Maduroafirmou esta segunda-feira que o presidente da Argentina, Javier Mileitem um projeto de “destruição” para Argentinadepois de a taxa de pobreza do país do Sul ter sido de 52,9% no primeiro semestre, a mais elevada desde 2003de acordo com um relatório da Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
“Milei é uma agente do sionismo, que foi trabalhada através das redes sociais, e tem um projeto para destruir a Argentina, não é que eu diga, é que o povo argentino diz e a realidade diz”disse o presidente em seu programa semanal de televisão Com Maduro+.
Maduro sustentou que Milei procura destruir o aparato económico, os direitos sociais, a educação, bem como a ciência.
“É um projeto para acabar com a Argentina, que é uma das joias preciosas da América do Sul, pela sua história, pela sua força espiritual, pela sua trajetória, pelo caráter do povo argentino, Milei em 11 meses levou a Argentina em 40% da pobreza para 53% de pobreza, somou milhões de argentinos”acrescentou.
O presidente questionou se esse é o projeto do “capitalismo selvagem, neoliberalismo, fascismo”, ao dizer que Milei é uma das “principais financiadores”do líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado e o porta-estandarte de antichavismo controlando, Edmundo González Urrutia.
“Na América do Sul a batalha é entre a revolução bolivariana e o fascismo (…) a revolução bolivariana vai transcender e Milei vai entrar para a história, vai para o lixo da história com o repúdio absoluto do povo argentino e os povos de todo o continenteacrescentou.
De acordo com um relatório divulgado quinta-feira pela Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) de Argentinaa taxa que mede o setor da população que não consegue cobrir suas necessidades básicas de alimentação e serviços cresceu 11,2 pontos percentuais em relação ao segundo semestre de 2023 e saltou 12,8 pontos em relação ao primeiro semestre do ano passado.
A taxa de pobreza de 52,9% registada no primeiro semestre é a mais elevada desde o primeiro semestre de 2003quando o índice era de 54% em série estatística anterior à atual.
O Governo Milei admitiu que a taxa de pobreza reflete a “crua realidade” que a sociedade argentina vivemas atribui isso a administrações anteriores e não às políticas atuais.
“O Governo herdou uma situação desastrosa. (…) A inflação significa mais pobreza para os mais pobres. A melhor forma de combater a pobreza é, primeiro, combater a inflação”, disse o porta-voz presidencial em conferência de imprensa, Manuel Adorni.
(Com informações da EFE)