O Conselho de Segurança da ONU abordou a fraude na Venezuela pela primeira vez

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O secretário-geral da ONU, António Guterres (EFE/IGOR KOVALENKO)
O secretário-geral da ONU, António Guterres (EFE/IGOR KOVALENKO)

O Conselho de Segurança da ONU abordou hoje a situação na Venezuela pela primeira vez após as controversas eleições de 28 de julho. No entanto, A sessão foi meramente informativa epor agora, Não há nenhuma resolução à vista sobre o assunto.

No dia 22 de agosto, o Supremo Tribunal Federal apoiou o resultado do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Nicolás Maduro como vencedor das eleições apesar de não apresentar a ata que confirmou essa vitória. A oposição, liderada por Edmundo González Urrutia e Maria Corina Machadorecusou-se a reconhecer este resultado, enquanto vários países do continente e do resto do planeta também o questionaram.

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A reunião, a portas fechadas, foi convocada a pedido do Equadoro único país latino-americano no Conselho. Durante a sessão foi apresentado um relatório da Secretaria-Geral e em seguida os membros do Conselho participaram de um debate, no qual, segundo o embaixador equatoriano José Javier De la Gascasurgiram algumas diferenças de opinião.

Da Gasca trouxe o caso da Venezuela ao Conselho para que “cumpra o seu papel de prevenção de conflitos”, sublinhando que a polémica sobre a legitimidade das eleições levou à “repressão do povo venezuelano que exige que a sua vontade expressa nas eleições seja respeitadas”. Ele também fez referência aos mandados de prisão contra González Urrutia e outros líderes da oposição.

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Ordem de prisão contra Edmundo González é rejeitada por nove países latino-americanos (EFE)
Ordem de prisão contra Edmundo González é rejeitada por nove países latino-americanos (EFE)

A Rússia e a China defenderam a legitimidade da reeleição de Nicolás Maduro e felicitaram-no pela sua vitória, em contraste com a posição de outros membros do Conselho.

“Eles têm as suas posições”, disse De la Gasca, “mas nós preocupamo-nos com a estabilidade regional”, disse ele, reconhecendo as “divisões naturais” entre os membros do Conselho.

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O embaixador Ele não expressou a possibilidade de realizar um debate aberto sobre a situação na Venezuela, ou de o caso chegar a uma resolução do Conselho. No entanto, insistiu que “é necessário que o Conselho acompanhe a evolução da situação na Venezuela dadas as implicações para a estabilidade regional e a paz interna”.

(Com informações da EFE)

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