O Impacto da Escala 6×1 na Vida dos Trabalhadores
A escala 6×1, que exige trabalho por seis dias consecutivos com apenas um único dia de folga, é, portanto, motivo de insatisfação crescente entre os trabalhadores brasileiros. Além disso, na tarde de 15 de novembro, um grupo de manifestantes ocupou o Shopping da Bahia, em Salvador, para, assim, protestar contra esse regime de trabalho. O ato, que foi organizado pelo movimento nacional Vida Além do Trabalho (VAT), colocou em pauta, de forma clara, o impacto da escala 6×1 no bem-estar dos trabalhadores.
A mobilização surpreendeu funcionários e visitantes do shopping. Sheila, funcionária de 40 anos, emocionou-se ao ver a manifestação e relatou como a escala 6×1 prejudica sua saúde e sua convivência familiar. Para ela, o ato simboliza a luta por uma jornada de trabalho mais justa.
Propostas para Substituir a Escala 6×1
O movimento Vida Além do Trabalho (VAT), portanto, apresentou alternativas claras para substituir a escala 6×1. Uma das principais propostas é, assim, a adoção da escala 4×3, que prevê quatro dias de trabalho seguidos por três dias de folga. Além disso, o movimento também defende, de maneira enfática, a redução da jornada semanal para 30 horas, sem que haja cortes salariais.
Fernando Pereira, coordenador do VAT na Bahia, ressaltou a importância da pressão popular para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe essas mudanças. “Precisamos conscientizar os trabalhadores de que é possível acabar com a escala 6×1. A mobilização nas ruas e nas redes sociais já garantiu as assinaturas necessárias para avançar com a PEC”, afirmou.
Escala 6×1 no Contexto Nacional
O protesto em Salvador fez parte, portanto, de uma mobilização nacional contra a escala 6×1. Além disso, atos semelhantes ocorreram em diversas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, reforçando, assim, a necessidade urgente de debater amplamente o tema.
Victor Marinho, integrante do Coletivo Rebeldia, defendeu que a redução da jornada traria benefícios econômicos e sociais. Ele apontou estudos que mostram como jornadas mais curtas aumentam a produtividade e criam novas oportunidades de emprego, movimentando a economia.
Testemunhos
Participantes do protesto, por sua vez, compartilharam histórias que ilustram, de maneira clara, os desafios impostos pela escala 6×1. Henrique Cassimiro, de 27 anos, explicou como sua rotina de trabalho, assim, praticamente elimina o tempo necessário para atividades pessoais e familiares. Já Camila Catarino, que trabalha na escala 5×2, participou ativamente do ato para apoiar os colegas submetidos ao regime 6×1 e, além disso, destacou os riscos de segurança enfrentados por muitos trabalhadores que, frequentemente, chegam tarde em casa.
A Luta Pela Dignidade no Trabalho
A luta vai além da jornada de trabalho. Ela representa um movimento por dignidade, saúde e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. A crescente adesão popular reflete o desejo por mudanças que garantam melhores condições para todos os trabalhadores brasileiros.
Com a mobilização ganhando força, o Congresso Nacional será pressionado a avançar na aprovação da PEC. Somente com jornadas mais humanas será possível promover bem-estar e justiça para os trabalhadores do país.