André Hurtadoconhecido como ‘Chibolin’está no meio de um escândalo crescente sobre investigações que o ligam a suborno, tráfico de influência e corrupção. Sua situação é ainda agravada pela recente revelação da confissão sincera do efetivo colaborador Ivan Siucho que o envolve diretamente em uma suposta rede criminosa com o promotor Elizabeth Peralta.
E, durante os últimos 11 dias, o ex-comediante foi alvo de investigação por dois Ministérios Públicos: um que trata do caso de lavagem de dinheiro e outro do Supremo que examina possíveis acusações de corrupção e tráfico de influência. Dada a complexidade do caso, as entidades solicitaram um prazo de oito meses para a realização dos procedimentos preliminares.
Diante disso, no dia 9 de setembro foram realizadas buscas em repartições públicas e exibidos documentos vinculados ao Ministério Público. Como resultado, foi imposta uma proibição de sair do país Hurtado por 15 dias. Somado a isso está o testemunho chave de uma confissão sincera de Ivan Siucho perante um promotor.
O testemunho chave, obtido pelo programa ‘Panorama’ressalta que Javier Miu Leiprimo da testemunha e comerciante de ouro, Ivan Siucho entrou em conflito comercial com uma empresa rival chamada ‘Paltarumi’propriedade de Jimmy Pflucker. Dada esta situação, Miu Lei decidi ir para André buscando ajuda para abrir um processo judicial contra a concorrência.
Segundo a testemunha, o encontro com Hurtado Ocorreu entre abril e maio de 2021, quando o apresentador já havia se mudado temporariamente para um hotel no Pardo. O encontro aconteceu na sala do Hurtadoonde, segundo depoimento, mostrou-lhes um arquivo de documentos que demonstravam ter conseguido abrir um processo de lavagem de dinheiro contra Paltarumicom a colaboração do procurador Elizabeth Peralta. Hurtado Ele teria assegurado que a “missão estava cumprida” e que a sua “mãe” tinha feito o seu trabalho.
“Andrés Hurtado nos contatou, nos convocou à sua casa e nos disse que não poderia nos ajudar com esse assunto e que teria prazer em nos ajudar com qualquer outro problema de lavagem de dinheiro porque sua ‘mãe’ ou ‘mamãe’ era a Dra. Peralta. “Ele nos disse que era o operador do promotor”, disse ele. Ivan Siucho.
A testemunha também revelou que Hurtado Ele cobrou uma quantia significativa de dinheiro por esse favor. De acordo com suas declarações, Hurtado teria solicitado cerca de 80 mil dólares para abrir o processo contra ‘Paltarumi’. Mas a história não terminou aí. Quando a família Siuchoesteve envolvido num processo de lavagem de dinheiro, Hurtado Ele supostamente interveio novamente.
“Meu primo Javier sentiu-se ameaçado comercialmente, por isso me pediu uma nova reunião com Andrés Hurtado em meados de março de 2021 para que pudessem abrir um processo de lavagem de dinheiro contra a empresa Paltarumi, de propriedade do senhor Pfluker, com a intervenção do fiscal Elizabeth Peraltacontinua sua história Siucho Neira.
Na ocasião, o procurador Peralta Ele pediu 100 mil dólares para resolver o problema. Contudo, a testemunha afirmou que tinha apenas 20 mil dólares em dinheiro e que, sentindo-se extorquido, ofereceu essa quantia a Hurtado.
A história continua detalhando como André Hurtado ele teria pressionado a testemunha para que fizesse o depósito imediatamente, prometendo que faria o que fosse necessário para ajudá-la a resolver o caso. Esta confissão pinta um quadro alarmante sobre a relação entre Hurtado e o promotor Peraltasugerindo que ambos formaram uma espécie de “dupla criminosa” para tirar vantagem econômica daqueles que precisavam de favores judiciais.
A influência de Hurtadosegundo a testemunha, baseava-se na sua capacidade de manipular o sistema de justiça. A alegada cumplicidade com o procurador Peralta Permitiu que processos de branqueamento de capitais fossem abertos a qualquer pessoa ou empresa com a qual tivesse conflito, aproveitando o seu acesso ao Ministério Público para obter vantagens económicas. “Neste país abrem um processo de lavagem de dinheiro para você a torto e a direito, e seu primo sabe que os processos de lavagem de dinheiro podem ser abertos a qualquer pessoa porque temos a mãe”disse a testemunha, citando palavras de Hurtado.