
Mais de uma dúzia de ex-chefes de governo de Espanha e América latina abordará a situação de Venezuela durante a nona edição do fórum Diálogo Presidencialque será realizada no dia 17 de outubro na cidade de Miami (Flórida, EUA).
O evento terá como ponto de partida ‘Democracia, cidadania, migração e Venezuela 2024‘, segundo Grupo de ideiasum dos organizadores do fórum, que acontecerá no campus Wolfson do Miami Dade College (M.D.C.).
Entre os que confirmaram a sua participação no evento estão os ex-chefes do Governo espanhol. José Maria Aznardo Partido Popular (PP), e Felipe Gonzálezdo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e que governou o país entre 1982 e 1996.
Da mesma forma, estarão presentes ex-líderes costarriquenhos. José Maria Figueres, Miguel Ángel Rodríguez e Laura Chinchilacomo os ex-presidentes do Equador Jamil Mahuad e Osvaldo Hurtadoe do Panamá Javier Martínez-Acha e Mireya Moscoso.
Mario Abdo (Paraguai), Vicente Fox (México), Andrés Pastrana (Colômbia) e Jorge Tuto Quiroga (Bolívia) serão outros ex-chefes de estado que participarão da nona edição deste encontro, também organizado pelo Instituto Atlântico de Governo e o CDM.
Assim como nas edições anteriores, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) também fará parte deste fórum, Luís Almagro.

Em 5 de setembro, Luis Almagro e Luis Abinader, presidente da República Dominicana, eles condenaram o violação sistemática dos direitos humanos e o situação social na Venezuela como resultado programa econômico que aplica o regime de Nicolás Maduro.
“Podemos ver isso em um país rico como a Venezuela. Há falta de liberdades fundamentais, onde criaram mais pobreza. Temos que superar os obstáculos e temos que trabalhar todas as instituições na mesma direção”, afirmou o Secretário-Geral da OEA.
Por sua vez, o presidente de Santo Domingo acrescentou: “A Venezuela combina factores de concentração de poder com a perseguição da oposição e dos meios de comunicação. EiImportantes organismos de direito internacional enfatizaram que as reeleições indefinidas são incompatíveis com a democracia.”
Neste contexto de crise crescente, a oposição maioritária da Venezuela, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), agradeceu na passada quinta-feira ao Alto Representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrella sua posição de que a acta apresentada pelo Carter Center reafirma a posição da UE de não reconhecer Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.
“Agradecemos a posição de Josep Borrell, alto representante da União Europeia, em relação às atas apresentadas na OEA (Organização dos Estados Americanos) pelo Carter Center, que foi observador internacional das eleições presidenciais na Venezuela”, afirmou o PUD. em uma mensagem postada no X.

A coligação acrescentou que o “apoio sustentado” da comunidade internacional à “decisão do povo venezuelano” é um “claro reconhecimento da verdade contida em cada uma das atas que comprovam a retumbante vitória de Edmundo González Urrutia em 28 de julho”. .
Borrell explicou em entrevista coletiva que tomou conhecimento da apresentação dos registros de votação divulgados pelo Carter Center na mídia. Ele ressaltou que é uma instituição de prestígioe que se apresentarem documentos que afirmam ser os registos eleitorais “o serão”, pois não acreditam que apresentem algo que não corresponda fielmente à realidade.
“Estas atas, juntamente com as apresentadas pela oposição, refletem um resultado que sempre apontamos, que Maduro não ganhou as eleições e o líder da oposição que atualmente é refugiado em Espanha as ganhou”, acrescentou em referência a Edmundo González Urrutia.
(Com informações da EFE)