Embrião Virtual: Uma Nova Era no Estudo Celular
Pesquisadores inovaram ao criar um embrião virtual em 3D, que detalha o desenvolvimento de órgãos a partir das células de um embrião de camundongo. Com esse modelo, torna-se possível visualizar como as células se organizam nos primeiros estágios da vida. Além disso, essa técnica possibilita estudos em outras espécies, incluindo humanos. Dessa forma, espera-se que ele ajude a entender melhor a origem de diversas doenças congênitas.
Mapeamento Celular para Identificar Doenças
Graças a esse embrião virtual, cientistas conseguem observar o comportamento de quase oito milhões de células. Logo nas primeiras semanas após a concepção, é possível ver como as células interagem e migram para formar órgãos como cérebro e coração. Por conseguinte, o detalhamento do processo é essencial para identificar as causas de doenças congênitas. Desse modo, o embrião virtual pode trazer avanços para a medicina.
Visualização Minuciosa dos Órgãos em Formação
A precisão desse modelo 3D permite uma análise inédita da formação dos órgãos. Primeiramente, ele revela como o tubo neural se desenvolve, sendo ele o precursor do sistema nervoso central. Além disso, ele mostra os movimentos das células que formam as câmaras do coração, destacando a complexidade desse processo. Assim, os pesquisadores têm agora uma ferramenta para estudar essas estruturas fundamentais de forma detalhada.
Spateo: Tecnologia Por Trás do Embrião Virtual
Para construir, o geneticista Xiaojie Qiu e sua equipe criaram a tecnologia Spateo. Com essa ferramenta, os pesquisadores reuniram dados do transcriptoma, que inclui as moléculas de RNA de cada célula, para criar uma visão completa do embrião. Dessa forma, a equipe conseguiu registrar o perfil genético de 7,8 milhões de células em dois momentos específicos, aos 9,5 e 11,5 dias após a fertilização. Segundo Qiu, essa é a primeira vez que se alcança tal nível de precisão em um embrião de camundongo.
O Futuro Promissor do Embrião Virtual em Outras Espécies
Para o futuro, o embrião virtual tem potencial para ser aplicado em diversas espécies, incluindo humanos. Como explica o biólogo Miguel Esteban, da BGI Cell, a tendência é que essa tecnologia se torne cada vez mais acessível e rápida. Com isso, cientistas poderão adotar o embrião virtual como padrão no estudo do desenvolvimento celular. Por fim, essa inovação representa uma mudança significativa nas pesquisas sobre o desenvolvimento inicial dos organismos.