PL rejeita fim da escala 6×1
Os deputados do Partido Liberal (PL) votaram contra uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visava acabar com o regime de Fim da escala 6×1. A proposta buscava garantir aos trabalhadores um descanso maior e mais digno. No entanto, o PL, liderado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, rejeitou a medida. Para que a PEC continue tramitando na Câmara dos Deputados, ela precisa de 171 assinaturas, mas enfrenta oposição de partidos como o PL.
Escala 6×1 e seus impactos na vida do trabalhador
A escala de trabalho 6×1, presente em setores como supermercados, bares, e call-centers, tornou-se ainda mais desgastante para os trabalhadores após a Contrarreforma Trabalhista de 2017. Desde então, o direito ao descanso e ao pagamento de horas extras foi fragilizado. Pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalhador deve cumprir, no máximo, 44 horas semanais, com direito a um dia de descanso. Contudo, a reforma permitiu acordos diretos entre patrão e empregado, enfraquecendo esses direitos.
Segundo a Justiça do Trabalho, o não pagamento de horas extras tornou-se um dos temas mais frequentes em disputas judiciais trabalhistas. Hoje, milhões de trabalhadores enfrentam jornadas acima das 50 horas semanais sem a devida remuneração, o que representa uma exploração crescente do trabalhador.
Jornadas exaustivas sem compensação adequada
A rotina exaustiva da escala 6×1 atinge principalmente os jovens, que somam a isso o tempo de deslocamento para o trabalho. A jornada de seis dias seguidos, com apenas um de descanso, compromete o bem-estar dos empregados. Em muitos casos, as horas adicionais de trabalho não são remuneradas como extras, mesmo que ultrapassem o limite previsto em lei. Essa prática, que deveria ser opcional, tornou-se comum em diversos setores, sobrecarregando ainda mais os trabalhadores.
Resistência ao fim da escala 6×1 e a visão dos bolsonaristas
Em meio a esse cenário, a proposta de fim da escala 6×1 vem ganhando apoio popular. Muitos enxergam nela uma resposta à exploração intensa dos trabalhadores. A rejeição do PL em apoiar essa medida mostra uma escolha ideológica clara. Para esses deputados, os interesses empresariais prevalecem sobre o bem-estar do trabalhador. Ao ignorar a pressão popular por condições de trabalho mais justas, essa bancada endossa a exploração intensa da mão de obra.
Apoio ao jornalismo independente para uma sociedade mais justa
Em um Congresso com forte aliança a interesses dominantes, pautas como o fim da escala 6×1 dificilmente avançam. A resistência dos bolsonaristas do PL em apoiar o fim desse regime reforça o distanciamento dos interesses populares. Neste contexto, veículos de comunicação independentes exercem um papel fundamental, defendendo pautas que refletem a realidade do trabalhador. O jornal A Nova Democracia, por exemplo, mantém-se firme em seu compromisso com o povo. Apoiando esse tipo de jornalismo, a população fortalece uma voz que luta pela dignidade do trabalhador e pelo acesso a informações que impactam diretamente sua vida.