Líderes da oposição venezuelana Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia realizou nesta quarta-feira uma videoconferência com os presidentes dos Uruguai, Paraguai e Guatemalano qual reafirmaram o seu compromisso com a restauração da democracia na Venezuela.
Os líderes participaram da reunião Luis Lacalle Pou, Santiago Pena e Bernardo Arévaloque manifestaram o seu apoio aos esforços da oposição venezuelana.
Através das suas redes sociais, Machado partilhou uma fotografia do encontro virtual, onde agradeceu aos dirigentes o apoio na luta pela liberdade na Venezuela.
“Alinhar as posições daqueles que querem liberdade e democracia para a Venezuela é crucial”, expressou.
Ele também reiterou que Edmundo González Ele é o presidente eleito da Venezuela e destacou a importância de “fazer cumprir e respeitar a soberania popular expressa em 28 de julho”.
Segundo o líder da oposição, entre as prioridades urgentes está “responsabilizar o regime pelas violações sistemáticas dos direitos humanos e pelos crimes contra a humanidade”.”.
Além disso, garantiu que a reunião deixou claro que contam com o apoio dos seus aliados na região “para avançar neste propósito e especificar, o mais rapidamente possível, o transição para a democracia em nossa nação.”
Por sua vez, o presidente da Guatemala, Bernardo Arévaloexpressou sua preocupação com a situação na Venezuela.
“O que está acontecendo na Venezuela é alarmante. Acabei de falar com Edmundo González Urrutia e Maria Corina Machadobem como com Santiago Pena e Luis Lacalle Pou sobre os graves actos de violência e criminalização perpetrados pelo regime de Nicolás Maduro”.
Arévalo reiterou o apoio da Guatemala à causa venezuelana.
“A Venezuela merece um futuro livre de violência e perseguição. “A democracia é o único caminho” expressar.
Machado agradeceu também esta quarta-feira ao Senado espanhol o apoio, depois de a Câmara Alta ter aprovado um pedido ao Governo de Pedro Sanches reconhecer o porta-estandarte da Plataforma Unitária Democrática (PUD), Edmundo González Urrutiacomo presidente eleito do país caribenho.
“Minha gratidão ao Senado da Espanha por estar ao lado do povo da Venezuela e pelo respeito à verdade e à soberania popular, ao reconhecer a vitória esmagadora de Edmundo e, portanto, seu caráter como presidente eleito”, expressou em suas redes sociais, onde compartilhou um vídeo do momento em que os senadores aprovaram a moção.
A petição, promovida pelo conservador Partido Popular (PP) – principal partido de oposição ao Executivo de Sánchez -, que tem maioria absoluta no Senado, avançou com o apoio da extrema-direita de Vox e os nacionalistas catalães, apenas uma semana depois do Congresso aprovar uma proposta semelhante.
Em defesa da iniciativa, o senador popular José Antonio Monago Acusou o Governo espanhol de “cumplicidade” com a ditadura de Nicolás Maduro e de “olhar para o outro lado” ao não reconhecer a vitória de González Urrutia – atualmente exilado em Espanha – nas eleições de 28 de julho.
O texto inclui o pedido de libertação dos dois detidos espanhóis na Venezuela, à qual o regime chavista está ligado Centro Nacional de Inteligência (CNI) e preparar um ataque ao ditador, e a exigência de apoio institucional para que as organizações que atuam na nação sul-americana possam realizar seu trabalho de solidariedade com a população de origem espanhola.
Da mesma forma, os senadores pedem ao Executivo espanhol que promova perante o Tribunal Penal Internacional um mandado de prisão contra Maduro e outros “suspeitos” de crimes contra a humanidade.
Sánchez, que se encontrou com González Urrutia em Moncloa na semana passada, recusou-se a reconhecer a vitória de Maduro nas urnas e, como numerosos governos, pediu às autoridades que publicassem os resultados desagregados para esclarecer dúvidas sobre este assunto.
(Com informações da EFE)