Um dos casos mais notórios de corrupção no Governo do presidente Gustavo Petro são todas as redes que existiam dentro da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (Ungrd), onde após tomar conhecimento de supostas irregularidades na aquisição de caminhões-tanque para transportar O abastecimento de água potável às comunidades que carecem deste serviço vital em La Guajira aumentou ao ponto de haver indícios de que o dinheiro da organização foi mesmo dado a congressistas para acelerar as reformas sociais do chefe de Estado.
Entre os funcionários que assumiram a responsabilidade por estes acontecimentos, que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República, está o ex-diretor da entidade Olmedo López, e que foi seu vice-diretor. Sneyder Pinilla, que fez justamente uma referência escatológica ao ocorrido na entidade, durante comparecimento perante a Justiça, dentro da colaboração que se realiza para alcançar um princípio de oportunidade no processo penal que conduzem.
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“Estraguei a mão, estraguei o braço. “Estamos imersos nesta questão da corrupção, essa é a realidade”, Afirmou num dos trechos de seu depoimento de 10 horas e 50 minutos perante o Supremo Tribunal de Justiça, procedimento que foi realizado em meados de agosto e que conseguiram obter no telejornal. Notícias RCN.
Entre a série de revelações, o ex-diretor da Ungrd sustentou que um dos seus objetivos era deixar recursos para concorrer ao Congresso nas eleições de 2026.
“Tenho vergonha do que vou dizer, mas Teríamos nos enchido de dinheiro cumprindo os compromissos com eles e teríamos deixado dinheiro para nós: para a campanha do Dr. OImedo ao Senado e para a minha à Câmara. Ia ser assim, infelizmente já estávamos desviados nessa questão e era isso que íamos fazer este ano”, assegurou ao tribunal superior.
A gravação revelou também o momento tenso, no início da audiência, em que Pinilla exerceu o seu direito ao silêncio, o que gerou polémica nessa ocasião, mas que posteriormente se retratou para revelar mais factos nesse quadro.
“Você aconselhou o Sr. Sneyder Pinilla para que esta tarde ele viesse “provocar” o Supremo Tribunal de Justiça e não declarasse sobre acontecimentos que já foram objeto de sua narração”, repreendeu Luis Gustavo Moreno, advogado do ex-funcionário, magistrado auxiliar Alex Movilla Andrade, que presidiu aquela audiência.
Passado aquele momento polêmico, a diligência continuou e Pinilla iniciou a história de todas as conspirações no Ungrd, com a qual reiterou que membros do Legislativo participaram e receberam subornos para viabilizar as reformas sociais do presidente Petro.
“Infelizmente ele roubou esse dinheiro, mas para dar aos parlamentares foi o que aconteceu (…) Já Depois de lubrificar a mão, começamos a fazer negócios e coordenar com todas as pessoas que estavam lá”, afirmou.
Além disso, também manteve as acusações contra o ministro das Finanças, Ricardo Bonilla, de que procurava viabilizar processos contratuais, e ainda indicou que houve uma videochamada do telemóvel de Olmedo López com o alto funcionário.
“Para algumas questões específicas que O Dr. Jaime Ramírez Cobo me contou sobre alguns créditos nacionais que iriam cair se os três contratos de Cotorra, Saravena e Carmen de Bolívar não saíssem. na cidade de El Salado”, disse ele.
Com toda esta colaboração com a Justiça, Pinilla e López esperam conseguir um princípio de oportunidade com o qual, em troca do esclarecimento dos atos de corrupção na Ungrd, não terão que cumprir penas, algo que está pendente de resolução tanto no Supremo Tribunal de Justiça, como no Ministério Público.
Em relação ao processo criminal pelo ocorrido no Ungrd, Pedro Padilhao advogado de Pedro Rodríguez Melo, que era assessor de Olmedo López, renunciou no meio da audiência, alegando falta de garantias para uma defesa adequada de seu cliente.
O jurista, que atuou como assessor jurídico durante a direção do Olmedo Lópezfoi capturado em 5 de setembro sob acusações de desviar bilhões de pesos do Ungrd. A Procuradoria-Geral da República solicitou prisão preventiva para ele e Luís Carlos Barretooutro ex-funcionário envolvido, dada a gravidade dos crimes de que são acusados.