Uruguai juntou-se a uma denúncia contra o regime venezuelano por crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional

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Luis Lacalle Pou (Presidência)
Luis Lacalle Pou (Presidência)

O Uruguai aderiu a uma denúncia que existe contra o regime venezuelano por crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (IPC).

O chanceler, Omar Paganinirepresentando o Governo de Luis Lacalle Pou, enviou uma nota ao promotor do TPI, Karim Khanpara solicitar a investigação dos acontecimentos ocorridos no país caribenho, a fim de determinar se constituem “crimes sob a jurisdição do Tribunal e, nesse caso, que sejam tomadas medidas urgentes para garantir o respeito e a salvaguarda dos direitos humanos ameaçados.”

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“Na nota, Uruguai apresenta informação complementar e objetiva para incorporar na investigação que a Corte vem realizando desde 2018 sobre a possível prática de crimes contra a humanidade na Venezuelajuntando-se assim à denúncia apresentada por um grupo de países da região”, informou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

E ele continuou: “A decisão do governo uruguaio baseia-se no agravamento da repressão contra a população civil e líderes políticos da oposição por parte dos serviços de segurança do regime. após a fraude eleitoral de 28 de julho e na ausência de garantias constitucionais e judiciais num país sem independência de poderes”.

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“O Uruguai reitera seu apoio irrestrito à Tribunal Penal Internacional como ferramenta central da justiça internacional e da sua defesa histórica do direito internacional, da paz e da democracia”, concluiu.

Nicolás Maduro
Nicolás Maduro

Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, Paganini assegurou que na Venezuela ainda existem “desaparecimentos, torturas e mortes”. “Nesse sentido, estamos reunidos na próxima semana em Haia (Holanda), apresentando-nos para que Uruguai denuncia o que aconteceu no mesmo casomas depois de inicialmente apresentado”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

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Por outro lado, falou sobre o mandado de prisão contra o candidato da maior coligação da oposição, Edmundo González Urrutiae observou que é “muito sério”.

As acusações são implausíveis, algumas são completamente ridículas. Por exemplo, vêem o facto de a oposição ter publicado cópias das actas como uma usurpação do Conselho Eleitoral sem qualquer fundamento”, afirmou.

Nesse sentido, enfatizou a gravidade da perseguição aos principais líderes da oposição e afirmou: “A ditadura venezuelana endurece a cada passo que dá”.

“A oposição venezuelana organizou-se, mobilizou-se pacificamente, pressionou e isso é muito importante. No fim, O regime tem de compreender que não pode continuarque não tem apoio interno ou externo e precisa abrir portas para alguma saída. Espero que ouçam e entendam”, concluiu.

O porta-estandarte da oposição majoritária na Venezuela, Edmundo González Urrutia, em foto de arquivo (EFE/Luis Carlos Sánchez)
O porta-estandarte da oposição majoritária na Venezuela, Edmundo González Urrutia, em foto de arquivo (EFE/Luis Carlos Sánchez)

dias atrás, Uruguai rejeitou o mandado de prisão contra González Urrutia juntamente com Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

“Este mandado de prisão cita vários supostos crimes que nada mais são do que mais uma tentativa de silenciar o senhor González, ignorar a vontade popular venezuelana e constitui perseguição política”, indica um comunicado emitido pelos nove países em 3 de setembro.

A Procuradoria da Venezuela solicitou esta segunda-feira a um tribunal especializado em crimes de “terrorismo” que emita uma “mandado de prisão”contra González Urrutia pela sua “suposta prática de crimes de usurpação de funções” e “falsificação de documento público”, em relação aos registos eleitorais das eleições presidenciais de 28 de julho passado.

(Com informações da EFE)

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