Rigoberto Andrade Escalante, eletricista a serviço da Emcali, foi suspenso do cargo por três meses após investigação da Procuradoria-Geral da República por supostas irregularidades na instalação de medidores de energia em Cali.
A entidade revelou que o funcionário pode ter alterado os dispositivos de medição para se beneficiar financeiramentecomprometendo assim o correto fornecimento de energia em diversos imóveis.
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Conforme explicado pelo órgão de controle, Um cidadão relatou ter pago US$ 9.500.000 a Andrade Escalante pela instalação de um medidor de energia e pelas conexões necessárias; No entanto, constatou-se que o documento utilizado para a execução do referido contrato não estava em conformidade com os formatos oficiais do Emcali.
E, explicaram as autoridades, O manual de funções da Emcali estipula claramente que a Andrade Escalante não estava autorizada a realizar este tipo de procedimento, bem como que estes devem ser executados nos centros de atendimento presencial da empresa.
Assim, a Procuradoria-Geral da República explicou que a suspensão provisória do funcionário, sem direito a remuneração, visa prevenir qualquer possível interferência na investigação em curso e evitar a continuidade de atividades irregulares que possam afetar o bom desenvolvimento do caso.
Com efeito, o Delegado de Instrução Disciplinar 4 avisou Rigoberto Andrade Escalante que não há recurso contra esta decisão e que a medida será remetida à Câmara de Instrução Disciplinar para consulta. Contudo, Andrade Escalante terá a oportunidade de apresentar suas alegações e as provas que sustentam sua defesa.
E esta situação revela-se, precisamente, em plena fase em que as tarifas energéticas se tornaram um verdadeiro problema para o governo nacional.
Por exemplo, na manhã de domingo, 11 de agosto, a Procuradoria Geral da República havia anunciado que realizaria uma “vigilância estrita” do cumprimento dos acordos adquiridos por cada uma das entidades que participaram da Mesa Redonda de Energia do Caribe onde foram discutidos. ações para buscar uma solução para o problema tarifário na região.
“Da mesma forma, continuará a acompanhar os diferentes órgãos que procuram uma saída para a crise que surge, sempre em representação da sociedade e como garante dos direitos do consumidor e do cumprimento da lei”, explicaram do órgão de controlo.
Da mesma forma, a Procuradoria-Geral da República sublinhou que a Comissão Reguladora de Energia e Gás conseguiu finalmente atingir um quórum com quatro membros especialistas, embora ainda tenham de ser nomeados mais dois.
E até o prefeito de Barranquilla, Alejandro Char, descreveu esse problema como uma “tragédia”.
O dirigente ainda enfatizou no início de agosto deste ano que os habitantes da costa caribenha colombiana enfrentam tarifas energéticas 60% superiores a outras localidades da Colômbia, diferença que descreveu como “inédita”. Estes números estariam relacionados com as altas temperaturas registadas naquela região do país.
Segundo o autarca, nesta zona do país as pessoas precisam de manter ventiladores ou ar condicionado ligados constantemente, principalmente nas escolas e residências, o que aumenta o consumo de energia eléctrica.
“O que estamos sofrendo no Caribe com as tarifas energéticas é uma tragédia. É inédito que nos cobrem 60% mais por quilowatt do que em qualquer canto da Colômbia, eu diria no mundo”, disse o presidente.